Lá vem eles – ou melhor, elas de novo! O clima de Copacabana parecia propício para uma vitória brasileira no vôlei de praia. Mas a areia sagrada da mais renomada praia brasileira parecia destinada mesmo a coroar a experiência da dupla alemã Ludwig e Walkenhorst. O clima eufórico do carnaval carioca foi pouco a pouco dando lugar à preocupação. No fim, o caldeirão da Arena mais brasileira dos Jogos Olímpicos se rendeu, definitivamente, à festa alemã, vitoriosas por 2 sets a 0 de extrema tranquilidade.
Um golpe duro para Ágatha e Bárbara, que na semifinal derrotaram ninguém menos que a norte-americana Kerri Walsh, até então invicta em torneios olímpicos. Resta o consolo da prata.
O equilíbrio ditaria o ritmo do confronto, que ganhou um inimigo em comum – a ventania em Copacabana. Com a recepção dificultada seria preciso talento para virar a bola. Pouco a pouco, os erros começaram a ser minimizados e o talento das duplas passou a figurar. Enquanto as alemãs eram mais cerebrais para explorar as jogadas de fundo e variar o ataque, as brasileiras buscavam ser mais precisas.
Mas os erros de Ágatha e Bárbara na recepção fizeram as alemãs Ludwig e Walkenhorst abrirem vantagem no placar ainda no primeiro set. Quatro pontos que garantiram tranquilidade para que as rivais fizessem frente e dominassem as ações até fechar o primeiro set em 21 a 18.
No segundo set, a agilidade das alemãs continuou notável, dando a nítida certeza de que Ágatha e Bárbara deveriam reviver a noite em que despacharam Kerri Walsh e April Ross para faturarem o tão sonhado ouro olímpico.
Mas tem dias que realmente não são para ser. As alemãs abriram vantagem muito cedo na segunda parcial, deixando as brasileiras literalmente nas cordas. Com a responsabilidade de fazer um jogo perfeito para não deixar as alemãs se desgarrarem, ficou difícil para Ágatha e Bárbara, que no fim acabaram derrotadas por 21 a 14.
Uma decisão vencida com certa tranquilidade pelas alemãs, soberanas em um segundo set realmente impecável.