Mais uma edição do Festival Música do Mundo acontece em Três Pontas (MG) a partir de quinta-feira (27). Música, artes cênicas, circo, artes visuais e outras atividades culturais e educativas ocupam diferentes espaços da cidade durante os três dias de evento. A programação se estende até sábado (29), tendo como atração principal o show do cantor Zeca Baleiro. Festival aderiu ao financiamento coletivo para conseguir realizar a sexta edição.
A maioria das atividades do Festival Música do Mundo são gratuitas e em espaços públicos. A primeira delas é um cortejo, que acontece na quinta-feira, às 19h, saindo da Praça Getúlio Vargas, em direção à Praça Tristão Nogueira.
Na sexta, logo às 14h, tem música também na Praça Presidente Vargas, com a Fanfarra da APAE. Logo em seguida, começa o Sarau Trem de Doido, trazendo música, versos, varais de poesias e encontro entre artistas de Três Pontas, de Minas Gerais e de outras partes do país. As atrações de sábado começam às 17h, com a tradicional Serenata dos Tiso, que acontece no Cemitério Municipal.
Depois, as atenções se voltam para o Parque da Mina Padre Victor, onde se concentram os shows de destaque, que são as únicas atrações pagas do evento. Subirão ao palco artistas de diversos gêneros, como os paulistas da Orleans Street Jazz Band e os trespontanos d’O Bando.
Além deles, o Groove de Bamba e o Dudu Lima Trio são os dois grupos que foram selecionados via edital. O destaque do festival é o show do cantor e compositor Zeca Baleiro, que se apresnta por último no mesmo palco.
Programação educativa
Durante todo o mês de outubro, o Festival Música do Mundo ainda promoveu atividades educativas voltada para professores e profissionais da educação interessados em ampliar os conhecimentos na área.
No dia 17 de outubro,aconteceu a Oficina para Educadores e Professores sobre o uso da música popular em sala de aula, com Isabela Morais, mestre em sociologia pela Unesp. Já no sábado (22), aconteceu outra oficina sobre “Manejo do comportamento inadequado em sala de aula”, ministrada pela professora universitária e pedagoga mestre em neurociência Celina Oliveira.
“O festival sempre realizou ações educativas e formativas, porque acreditamos que a cultura e a música são incríveis, mas só elas não são capazes de promover uma maior transformação na realidade, é preciso investir na educação”, explica Maria Dolores, da Marolo Produções, organizadora do festival.
Dificuldades financeiras
Neste ano, a produtora do evento recorreu ao financiamento coletivo para completar a verba e viabilizar o projeto. Entretanto, foram arrecadados apenas 5% do valor total necessário. A campanha saiu do ar, mas um outro patrocíno viabilizou a quantia necessária para realização do festival.
Diante da dificuldade para arrecadar recursos, Maria Dolores afirma que esta edição será em um formato reduzido. “Este ano vai ser maior do que o de 2014, mas não tão grande quanto aqueles dos anos anteriores”, revela a produtora.
Fonte: G1