O vice-prefeito de São Tomé das Letras (MG), Tomé Reis Alvarenga (MDB), assumiu a prefeitura na tarde deste sábado (24) após a até então prefeita Marisa Maciel de Souza (PT) ter sido cassada pela Câmara Municipal nesta sexta-feira (23).
“Eu vou trabalhar aguardando ela voltar, dando sequência no trabalho que estava sendo feito. Tem coisa que precisa ser corrigida? Precisa. A gente vai corrigir junto”, afirmou Alvarenga.
De acordo com a Câmara, durante três meses, uma comissão processante investigou a conduta da prefeita. Segundo os vereadores, a prefeita descumpriu um decreto federal ao deixar de responder 17 requerimentos enviados pela câmara no ano passado. Na votação, foram seis votos a favor da cassação e três contra.
“A gente conseguiu finalizar o nosso trabalho por não atender as informações que não são mais do vereador. Quando o requerimento passa em plenário, o requerimento se torna do município”, disse Adriano Batista Moreira (PV), que é presidente da Câmara.
Para tentar anular a decisão da câmara, que não cabe recurso, Marisa pode entrar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
“Já está tudo caminhando para entrar na Justiça e pode ter certeza, se existir justiça, eu volto”, disse a ex-prefeita.
A reunião de sábaado começou 14h e só terminou por volta de 22h. Os nove vereadores apresentaram seus argumentos para definirem o futuro da prefeita. No fim da sessão, seis deles optaram pela cassação do mandato. O número mínimo de votos para que a punição pudesse ser aplicada.
“Foram lidas as principais peças do processo e no final foi feita a votação onde a câmara optou por seis votos à cassação da prefeita Marisa Maciel de Souza”, acrescentou o presidente da câmara.
“Não acho justo nove vereadores terem o direito de votar contra uma prefeita eleita pelo povo”, rebateu o vereador Ariel de Souza Moreira (PT).
Fonte: G1
