Entre o dia 4 de janeiro e o último sábado (12), o governo de Minas “recontratou” pelo menos 830 servidores que haviam sido exonerados ou dispensados. As recontratações foram anunciadas nas publicações do Diário Oficial de Minas Gerais neste período. Nelas, o governador Romeu Zema (novo) “torna sem efeito” as exonerações executadas nos primeiros dias de sua gestão.
Contando as exonerações feitas pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT) no fim do ano passado e as do atual governo, cerca de 6000 servidores estaduais haviam perdido seus cargos em diversos órgãos e secretarias do Executivo. O cancelamento destas exonerações representa cerca de 14% dos servidores que haviam sido retirados de seus cargos e que, agora, foram reconduzidos.
Conforme informou a assessoria do governo, as avaliações dos servidores ainda serão finalizadas nos próximos dias “para que seja feito o devido remanejamento de funcionários efetivos, a fim de atender a demanda em todas as áreas da Administração Pública o quanto antes”.
O número de servidores que foram exonerados que serão reconduzidos a seus cargos pode aumentar ainda mais. “No último sábado (12) foi concluído o processo de levantamento, por todos os órgãos do governo, da relação de ocupantes de cargos comissionados que deverão ser reconduzidos aos cargos, de acordo com critérios exclusivamente técnicos. A partir desse levantamento, novas reconduções poderão ser feitas nos próximos dias”, conclui a nota do Executivo.
Orçamento
O orçamento de 2019 aprovado por Romeu Zema estima uma receita de R$ 100,3 bilhões e uma despesa de R$ 111,7 bilhões, gerando um déficit fiscal de R$ 11,4 bilhões aos cofres mineiros.
O principal responsável pelo arrocho do Estado é a despesa com pessoal, que soma R$ 37,2 bilhões, comprometendo 60,78% da Receita Corrente Líquida (RCL). O valor ultrapassa o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de até 60%.
Fonte: Hoje em Dia