O Tribunal de Justiça de Minas Gerais voltou a suspender a comissão parlamentar criada para investigar e votar uma possível cassação do vereador Ailton Magalhães Filho (PSDB), em Lavras (MG). Ele é suspeito de oferecer cargos públicos para eleitores.
A decisão é da desembargadora Ângela de Lourdes Rodrigues e vale até o julgamento da apelação da defesa do vereador, que questiona a denúncia. Segundo a câmara, a comissão iria apresentar o relatório final da investigação na próxima segunda-feira (28).
A comissão foi montada no final de junho após uma denúncia feita pelas redes sociais. Um morador da cidade tinha um documento que teria sido assinado pelo então candidato a vereador. No termo de compromisso, ele teria se comprometido a contratar a esposa do eleitor para um cargo comissionado em troca dos votos.
O denunciante e a esposa trabalharam na prefeitura de Lavras entre 2017 e 2018. A câmara investigou o caso em uma CPI. O relatório da comissão concluiu que há “fortes indícios de crime eleitoral” e recomendou a criação da comissão processante.
A comissão foi formada e havia sido anulada no início de setembro por uma liminar, que entendia que havia uma irregularidade na votação de abertura da comissão. Segundo a decisão, os vereadores que fizeram a denúncia também haviam votado para a abertura da comissão, o que não seria permitido.
A liminar, no entanto, também havia sido derrubada no início de outubro e comissão voltou a analisar a denúncia com pedido de cassação. Agora, com a nova suspensão dos trabalhos, o vereador segue no cargo até que todo o processo seja concluído.
Fonte: G1