A deputada estadual Maria Clara Marra, presidente da Frente Parlamentar emDefesa da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e a deputada estadualNayara Rocha, vice-presidente da mesma Frente, protocolaram nesta quarta-feira(12/06) um requerimento para a constituição de uma Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) para a investigar o cancelamento unilateral de contratoscoletivos de saúde e identificar as operadoras envolvidas nessa ação.O objetivo é apurar possíveis abusos de poder econômico, violações dos direitos doconsumidor e descumprimento da legislação vigente.Na última sexta-feira (07/06), a Frente se reuniu com Eliane Medeiros, Diretora deFiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e Rikardo Ferreirada Costa, Chefe do Núcleo da ANS em Minas Gerais. A reunião tratou da gravidadedos cancelamentos, especialmente para pacientes com Transtorno do EspectroAutista (TEA) e outras condições que exigem atendimento contínuo.“Não podemos aceitar que operadoras de saúde cancelem unilateralmente oscontratos, deixando famílias desamparadas e vulneráveis. Isso é uma violação dosdireitos dos consumidores e um abuso de poder econômico que precisa serinvestigado”, declarou Maria Clara Marra.“As famílias que dependem de cuidados médicos contínuos e terapias específicasnão podem ser tratadas com desdém. A criação desta CPI é essencial para protegeressas pessoas e garantir que seus direitos sejam respeitados”, afirmou NayaraRocha.Desde abril, muitos beneficiários foram surpreendidos pelo cancelamento unilateralde seus planos de saúde, sendo orientados a buscar novas operadoras. A situaçãotem gerado angústia e insegurança, principalmente para as famílias atípicas quedependem de cuidados médicos contínuos e terapias específicas.Maria Clara Marra e Nayara Rocha têm sido vozes ativas nessa luta. “A saúde é umdireito fundamental de todos os seres humanos e não podemos permitir queinteresses econômicos sacrifiquem a vida dessas pessoas”, afirmou Maria Clara.O requerimento para a criação da CPI conta com 36 assinaturas e será analisadopela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.