Inflação dispara 1,31% e fecha pior fevereiro em 22 anos, aponta IBGE

março 12, 2025

Reajustes da mensalidade escolar e aumento no preço da conta de energia foram os principais vilões da inflação no período

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Inflação


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – índice oficial de inflação do país calculado mensalmente – registrou alta de 1,31% em fevereiro, conforme divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a maior alta para um mês de fevereiro nos últimos 22 anos, quando o índice registrou aumento de 1,57% em 2003. É também a maior taxa desde março de 2022 (1,62%). Conforme os dados, a alta foi influenciada especialmente pelo aumento de 16,80% na energia elétrica residencial, que exerceu um impacto de 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice.

Mensalidade escolar e conta de luz pesam no bolso

Entre os nove grupos analisados pelo IBGE, o maior aumento foi registrado no setor de Educação, com alta de 4,70%. O aumento, segundo o estudo, foi impactado pelos reajustes de início de ano nos cursos regulares (5,69%). O ensino fundamental (7,51%), o ensino médio (7,27%) e a pré-escola (7,02%) lideraram as altas no setor.

Já o grupo Habitação avançou 4,44% e teve o maior impacto no índice geral (0,65 p.p.), impulsionado pelo aumento de 16,80% na energia elétrica residencial. Esse reajuste ocorreu após a queda de 14,21% em janeiro, devido à incorporação do Bônus de Itaipu.

Ovo de galinha e gasolina mais caros

Os setores de Alimentação e Bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%) também contribuíram significativamente para a inflação do mês, respondendo, junto com Educação e Habitação, por 92% da variação do IPCA em fevereiro.

Entre os itens que compõe o grupo da alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,79% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação a janeiro (1,07%). Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). No lado das quedas, o destaque foi a redução de preço da batata-inglesa (-4,10%), do arroz (-1,61%) e do leite longa vida (-1,04%).

alimentação fora do domicílio (0,47%) também desacelerou em relação ao mês de janeiro (0,67%), com os subitens lanche (0,66%) e refeição (0,29%) mostrando variações inferiores às observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).

Já no grupo dos Transportes (0,61%), o principal influência para o aumento da inflação foi o preço dos combustíveis, que subiram 2,89% em média: óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Apenas o gás veicular (-0,52%) apresentou redução.

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