Pressão, velocidade, bola na trave e chances desperdiçadas. O Cruzeiro iniciou o jogo contra a Chapecoense, na tarde deste domingo, no Mineirão, dando aula de como transformar o estádio em caldeirão e como deixar o rival atordoado.
A atuação nos primeiros 20 minutos fez o torcedor crer que chegaria uma vitória sem grandes problemas. Porém, o que se viu no Gigante da Pampulha foi muita angustia e sofrimento do torcedor celeste e um empate por 0 a 0 com o gosto nada mineiro.
A partida contra a Chapecoense foi encarada pelo Cruzeiro como o jogo chave para afastar de vez a zona de rebaixamento. Uma vitória colocaria o time celeste com 40 pontos e a cinco do objetivo final. Até por isso, o time de Mano Menezes resolveu mostrar para o rival que não teria vida fácil no Mineirão. O primeiro tempo foi um verdadeiro ataque contra defesa.
As chances de gols criadas pela Raposa foram inúmeras, em determinado momento o torcedor chegou até a perder a conta. Teve bola na trave do lateral-direito Lucas, em chute de dentro da área. Defesas difíceis do goleiro Danilo, atuação segura do zagueiro Neto, que não errou um corte, mas faltou o gol. A impressão era de que a qualquer momento o tento sairia. Mas nos 45 minutos iniciais tal projeção não se concretizou.
O torcedor cruzeirense comprovou, mais uma vez na pele, que não é fácil conquistar vitórias quando se está na parte de baixo da tabela. O segundo tempo voltou da mesma maneira. Pressão celeste e oportunidades. Em um raro erro da defesa da Chapecoense, o goleiro Danilo cometeu pênalti em Ábila. O argentino, porém, comprovou que a fase é ruim. A cobrança foi no meio do gol, mas parou nos pés do arqueiro.
O erro não desanimou o Cruzeiro e nem seu torcedor. A pressão celeste continuou intensa. A Chapecoense não conseguiu chegar ao gol de Rafael, que não teve trabalho. Mas o pacto de Danilo com a trave estava fortalecido. Ábila recebeu cruzamento, chutou forte e a bola explodiu no poste, comprovando que a equipe celeste não iria conseguir sair com a vitória do Mineirão.
