Em uma noite em que nada deu certo, o Cruzeiro fez uma das suas piores apresentações nos últimos meses e acabou se complicando na Copa do Brasil. No primeiro duelo dos maiores campeões da Copa do Brasil, o Grêmio deu passo importante rumo à final ao anular taticamente a Raposar e ganhar por 2 a 0, nesta quarta-feira, em noite de recorde de público no Mineirão neste ano. A torcida de 53.452 presentes no estádio, em sua grande maioria cruzeirense, assistiu ao domínio dos visitantes durante toda a partida e aos gols de Luan e do veterano Douglas neste jogo de ida do confronto, em Belo Horizonte.
BELO HORIZONTE / BRASIL (26.10.2016) Fabinho, no jogo entre Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela ida da semifinal da Copa do Brasil de 2016.© Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Com o triunfo, o Grêmio abriu boa vantagem para decidir a vaga na final, em casa, na próxima quarta-feira. O time gaúcho se classifica mesmo em caso de derrota por 1 a 0. Se o Cruzeiro repetir o placar de 2 a 0, o duelo será definido nos pênaltis. Qualquer outro placar por dois gols de diferença favorece o Grêmio, por ter marcado gols fora de casa. Para desbancar o time gaúcho, a equipe mineira terá que vencer por três gols de vantagem.
O vencedor deste confronto terá pela frente na grande final o vitorioso de outro duelo envolvendo mineiros e gaúchos. Na primeira partida entre Internacional e Atlético, o time alvinegro levou a melhor, pelo placar de 2 a 1, no Beira-Rio, em Porto Alegre.
Antes de enfrentar novamente o Grêmio, a equipe celeste terá compromisso pelo Campeonato Brasileiro. Mais tranquilo, já que praticamente afastou o risco de rebaixamento, o Cruzeiro visita o Atlético-PR no sábado, às 16h30, na Arena da Baixada, em Curitiba. Já o Grêmio encara o Figueirense, sábado, às 19h30, no Orlando Scarpelli.
O jogo
O Cruzeiro entrou em campo nesta quarta com uma baixa de última hora. O volante Henrique, com dores musculares, foi vetado horas antes do início da partida e provocou mudanças na equipe da casa. Para suprir a ausência do jogador, Mano Menezes escalou Denilson entre os titulares, o que ajudou a determinar uma atuação cruzeirense abaixo do esperado na etapa inicial.
Com uma formação de características mais defensiva, o time da casa penou no primeiro tempo, enquanto o Grêmio exibiu uma solidez surpreendente, principalmente na defesa. Sem ceder sequer uma chance clara de gol ao rival antes do intervalo, o time gaúcho dominou e deu raros espaços aos mineiros.
Na etapa inicial, o Cruzeiro praticamente só levou perigo logo no começo, quando o Grêmio ainda se organizava em campo. Foi aos 2 minutos, quando Edílson vacilou na defesa e entregou nos pés de Arrascaeta, que bateu de dentro da área. Marcelo Grohe fez a defesa. Daí em diante, o Cruzeiro quase não entrou na área gaúcha.
Ganhando confiança na partida, o Grêmio arriscava mais e, aos 19 abriu o placar com um golaço de Luan. Ele tabelou com Ramiro pela esquerda e, mesmo entre marcadores, encontrou espaço mínimo para bater com categoria por cobertura e acertar o ângulo do gol defendido por Rafael. Artilheiro do Grêmio na temporada, chegou aos 12 gols em 2016.
Ciente das limitações ofensivas do seu time, Mano trocou o lateral Lucas pelo atacante Alisson. Do outro lado, Renato Gaúcho fez uma mudança por conta de problema físico. Maicon saiu de campo para a entrada de Jailson.
E a conversa no vestiário pareceu ter surtido maior efeito entre os jogadores do Cruzeiro. Aos 10 minutos, o time mineiro já havia chegado no ataque em três lances perigosos. No melhor deles, Edimar bateu falta com categoria e mandou rente à trave direita de Marcelo Grohe.
Se o Cruzeiro não aproveitava sua melhor chance, o Grêmio era efetivo em suas chegadas mais perigosas ao ataque. Aos 16, Kannemann iniciou contra-ataque, Ramiro, mais uma vez, deu a assistência, e Douglas bateu na saída de Rafael para ampliar a vantagem dos visitantes.
Preocupado, Mano fez novas mudanças na equipe para deixá-la mais ofensiva. Assim, trocou Denilson por Alex e Sóbis, por Willian. Sem sucesso. O Cruzeiro parava facilmente na defesa gremista e, nos minutos finais, atacava no desespero, sem alcançar ao menos o gol solitário que reduziria o “estrago” causado pelo ataque gremista no Mineirão.
Fonte: Itatiaia