Pensar em coisas que estão ‘fora de moda’ parece, por si só, fora de moda, mas existe um ponto do mundo atual que se encaixa nessa categoria: o padrão de beleza. Em um planeta tão diverso, pensar que ainda existe uma fórmula que diz o que é bonito e o que não é não faz sentido.
Atualmente existem muitas modelos incríveis que têm levantado suas vozes contra os estereótipos – algumas até comentaram sobre a dificuldade de encontrar vestidos em tamanhos maiores – e que a moda hoje pede representatividade. Muitas dessas profissionais têm usado também a sua visibilidade e envolvimento com o mercado para falar de temas tão importantes quanto o racismo e que é hora de entender que cada pessoa tem a sua própria beleza.
“As mulheres sentem muita pressão para não envelhecer. Como fui modelo a minha vida inteira, eu provavelmente sou ainda mais sensível a isso. Mas você não pode ficar correndo atrás de algo impossível. Não é sobre parecer sempre ter 20, 30, 40 ou 50 anos, é sobre mostrar que você cuida de você mesma. Fazer exercícios, comer direito, cuidar da pele – isso é estar ótima em qualquer idade, e é nessa mensagem que eu realmente acredito. Por mais que eu cuide de mim mesma, eu ainda não fico igual à minha filha quando acordo – e eu não quero me sentir mal com isso”, disse ao Refiney29.
A modelo, que possui vitiligo, comentou ao NY Post sobre a sua pele e ser um exemplo para outras como ela: “Quando as pessoas começaram a fazer comentários, eu passei a perceber que algo sobre mim era diferente das outras pessoas. Mas eu decidi dizer a mim mesma que eu sou linda e que eu poderia ficar assim para o resto da minha vida. Eu preciso aceitar, abraçar e aproveitar isso. Todo mundo pode se identificar com ser diferente. Não é só sobre eu tentado ser um exemplo. É a minha opinião genuína de que esses detalhes te fazem linda. Deixe os seus detalhes brilharem”.
“A beleza não pode ser definida porque está nos olhos de quem vê”, disse para a revista i-D. “Você nunca está sozinha. Todo mundo tem aquele dia em que se sente feia ou que gostaria de ter usado outra roupa. Não deixe a sua aparência consumir a sua vida. Esse é o único corpo que nos é dado. Valorize-o”.
“Se você aceitar quem você é de verdade, outras pessoas vão fazer o mesmo”, comentou para o Daily Mail. “E eu acho isso incrível, falar para outras pessoas que você não precisa seguir o mesmo molde daquilo que elas dizem que você deve ser”.
Cara Delevingne fez a transição da carreira de modelo para a de atriz principalmente porque percebeu como a moda poderia ser cruel com as mulheres e sua autoestima. “Se você odeia a si mesma e ao seu corpo, isso só piora”, disse ela, que sempre foi muito vocal sobre a importância das pessoas se aceitarem como são e não acreditarem nos padrões de beleza, para o Sunday Times.
“A indústria da moda tem uma visão muito limitada do que é beleza, especialmente agora, ela vê como um tamanho 34. Então, eu sempre combati isso no America’s Next Toip Model, e eu tentei sempre mostrar vários tipos de corpo. Eu mostrei garotas magras, outras que eram plus size, outras que eram baixas, outras que eram curvilíneas…”, falou para o Digital Spy.
Fonte: ELLE