Arena do Galo prevê linhas extras, integração com metrô e bicicletário

novembro 17, 2016

Para adequar o sistema viário ao gigantismo de uma arena esportiva, o projeto do estádio do Atlético, no bairro Califórnia, na região Noroeste da capital, prevê a criação de novas linhas de ônibus e de medidas para potencializar a utilização do metrô e o transporte público.

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Existem três estações próximas ao empreendimento, a maior delas, a Eldorado, já no município de Contagem. Além de estender o horário de atendimento e diminuir o intervalo entre as viagens em dias de jogos, o plano de mobilidade – o chamado Relatório de Impacto de Circulação (RIC) –, elaborado pela empresa Tectran, prevê melhorias nas condições de iluminação e nas calçadas para permitir o deslocamento de pedestres até a arena. Nas travessias de pedestre – hoje no nível das vias – passarelas precisarão ser construídas.

O metrô Eldorado funciona como estação alimentadora de diversas linhas de ônibus urbanos, por isso, é maior do que as estações Cidade Industrial e Vila Oeste. Por isso, a Eldorado é mais compatível para receber uma grande quantidade de torcedores. As três estações estão a uma distância de 1,5 km e 2 km de raio do estádio.

Para o torcedor que não quiser seguir a pé até o estádio, também está prevista a implantação de uma linha circular de ônibus do metrô Eldorado à arena.

Linhas extras

A empresa que elaborou o estudo do impacto no trânsito sugere a criação de linhas especiais saindo dos centros de Belo Horizonte, Contagem e Betim. Ela também propõe a operação de uma linha Move, saindo da avenida Paraná.

Além dessa nova linha, o plano ainda sugere uma linha “b” do Move contemplando a já existente linha São Luiz-Coração Eucarístico, que seguiria até a arena.

Em dias de jogos, as viagens das linhas já existentes aconteceriam em um intervalo menor de tempo. Os pontos de ônibus, hoje, considerados inadequados, vão ser reformados.

O projeto incentiva ainda o uso de bicicletas, esperando-se beneficiar do Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte (Viurbs), da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que prevê a criação de ciclovias em toda a cidade. O bicicletário do estádio terá capacidade para 113 bicicletas.

Como contrapartida do empreendimento, o projeto apresenta um plano de construção de uma via marginal à Via Expressa, com quatro faixas, além da abertura de uma rua lateral ao estádio, perpendicular à rua Walfrido Mendes.

Impactos

Como todo o empreendimento deste porte, previsto para grandes públicos, os impactos no trânsito são inevitáveis. Segundo a Tectran, existe a possibilidade de obstaculização de vias públicas, com o comprometimento de vias e interseções e conflitos entre veículos e pedestres. Além da Via Expressa, o Anel Rodoviário, a BR-040 e a BR-381 são as principais vias de acesso ao estádio.

Os impactos do trânsito e de tudo o que o empreendimento irá provocar serão discutido em audiência pública marcada para o próximo dia 24, no bairro Califórnia.

O estádio, antes previsto para 50 mil torcedores, foi reduzido para 42 mil expectadores para diminuir os custos, que ultrapassam a casa dos R$ 320 milhões. O número de vagas de estacionamento caiu de 4.500 para 3.300. O projeto é assinado pela Farkasvölgyi Arquitetura.

A audiência pública tem por objetivo apresentar à comunidade a proposta da Operação Urbana Simplificada (OUS), um instrumento de planejamento urbano que, através da cooperação entre o setor público e a iniciativa privada, procura alcançar benefícios para a coletividade por meio de transformações urbanísticas locais, melhorias sociais e valorização ambiental.

Só depois da aprovação da OUS, o clube pode entrar com o processo de licenciamento ambiental. Todo o trâmite que corre atualmente considera o empreendimento para 50 mil pessoas. Posteriormente, os arquitetos entram com um pedido de modificação de projeto.

Enquanto o projeto caminha para aprovação na prefeitura, a diretoria do Atlético ainda trabalha para captar os recursos. O estádio do Galo será uma sociedade de propósito específico (SPE), formada por diferentes empresas. Segundo apurou a reportagem, os trabalhos nos bastidores têm surtido efeito, e o Galo já tem garantido cerca de R$ 120 milhões, o que representa mais de um terço do valor necessário para tocar o complexo.

Fonte: O Tempo

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